O ombro está na moda.
Há pouco tempo, quando beijado, passou a significar uma provocação aos despeitados, aos recalcados.
Agora, ele foi alvo da mordida de Suarez, jogador uruguaio.
Antigamente, o ombro era lembrado como um lugar confortável, onde se reclinava a cabeça em busca de apoio, de aceitação. Hoje, ampliou bastante seu raio de ação.
O calcanhar, desde Aquiles, já foi o queridinho das metáforas. Perdeu espaço. Não chega nem aos pés do ombro.
O cotovelo ainda é mencionado quando se acusa um invejoso. Não há lugar que doa mais a quem sente inveja.
Os dedos até hoje embalam canções infantis.
A ortopedia tem contribuído inestimavelmente com a cultura ao longo do tempo.
É curioso como partes não tão nobres da anatomia ganham destaque.
Quando se disse que todos teriam seus 15 minutos de fama, talvez isso incluísse também as partes do corpo.
Imagino o dia em que se fará um funk ou uma música sobre o antebraço. Ou um poema sobre a clavícula, o que seria um desafio para se encontrar rimas além de partícula.
Não é fácil a vida de cronista. Transformar ortopedia em texto. Mas faz parte. São ossos do ofício.
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Hahaha Muito bom!